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“Silk Road”: o site “underground” onde você pode comprar qualquer droga imaginável…


Qualquer pessoa com um mínimo de conhecimento intelectual sabe muito bem que comprar drogas pode representar sérios problemas com a lei.
Mas e se você pudesse comprar e vender medicamentos online, como se fossem livros ou lâmpadas?
Pois é, isto é possível: Bem-vindo so “Silk Road”.
Há algum tempo atrás, o serviço postal dos estados Unidos entregou na residência de um indivíduo que denominaremos como “Mark” um envelope comum.
Dentro havia um pequeno saco plástico contendo 10 “micropontos” de LSD.
Mesmo que alguém tivesse aberto o envelope não teria percebido a droga, a menos que a estivesse procurando por ele, você não teria notado, segundo confidenciou Mark numa entrevista por telefone.
Mark, um desenvolvedor de software, efetuou o pedido das 100 microgramas de ácido por meio de uma listagem no mercado online “Silk Road”.
Ele teria tido uma excelente receptividade de um vendedor que parecia saber sobre o que eles estavam falando, o qual teria acrescentado o ácido ao seu carrinho de compras digital e realizado o seu “check-out”.
A partir dai, Mark entrou com seu endereço e pagou ao vendedor 50 “Bitcoins”não rastreáveis, moeda digital que vale em torno de US$ 150, sendo que quatro dias depois, as drogas, enviadas do Canadá, chegaram em sua casa.


Lista de drogas disponíveis no "Silk Road"

“Silk Road”é um mercado negro digital que fica no “underground” da internet, fora do alcance da maioria dos usuários normais e que se assemelha a algo como um romance cyberpunk.
Através de uma combinação de tecnologia de anonimato e de um sofisticado sistema de feedback pelos usuário, podem ser feitas a compra e venda de drogas ilícitas tão fácilmente como num site de leilões, e aparentemente de forma muito segura.
Num comparação rápida, é o “Amazon” dos entorpecentes.
Aqui está apenas uma pequena seleção dos 340 itens disponíveis para compra no “Silk Road” por qualquer pessoa de forma anônima: um grama de Afghani hash; uma onça 1/8th de “sour 13″; 14 de ecstasy; 0,1 grama de heroína. Uma lista de “Avatar” LSD inclui uma foto num papel mata-borrão, com os grandes rostos azuis do filme de James Cameron sobre ele.
Drogas constantes das listas do "Silk Road"
Drogas constantes das listas do "Silk Road"
Na sua maioria os vendedores estão localizados ao redor do mundo, mas uma grande parte deles estão nos Estados Unidos e Canadá.
Mas mesmo o “Silk Road”tem seus limites: você não vai encontrar nenhuma oferta de plutônio para armas, por exemplo.
Seus termos de serviço proibem a venda de “qualquer coisa que tenha como propósito prejudicar ou fraudar, tais como cartões de crédito roubados, assassinatos, e armas de destruição em massa.
Chegar ao “Silk Road” é complicado.
A URL parece ser feita para ser esquecida.
Mas não aponte seu navegador para lá ainda, pois o site somente é acessível através do anonimato da rede TOR, a qual requer um pouco de habilidade técnica para ser configurada.
Uma vez que você esteja lá, é difícil acreditar que o “Silk Road” não seja simplesmente uma farsa.
Qualquer tipo de desfaçatez, normalmente exibida  por essas falsas “farmácias on-line” que tem como finalidade enganar pessoas mais crédulas, não é vista no site.
Muitos golpistas usam o site, mas a maioria das listagens de vendas são legítimas.
A maioria das fraudes são reduzidas através de um sistema de negociação baseado na reputação do vendedor, nos mesmo moldes do que pode ser visto num site como o “eBay”.
Um uysuárioa com o nickname “Bloomingcolor” parece ser um fornecedor confiável, aparentando ser especializado na venda de psicodélicos.
Um cliente feliz escreveu em seu perfil: “Excelente qualidade, embalagem e comunicação Chegou exatamente como descrito.”. E ainda atraibui a transação cinco pontos em cinco.
“Nossa comunidade é incrível”, segundo afirmou por email o administrador anônimo do “Silk Road”, acrescentando ainda que as pessoas são geralmente brilhantes, honestas e muito compreensivas, além de dispostas a cooperar uns com os outros.
Os vendedores demonstram se sentir confortáveis em negociar abertamente drogas pesadas porque as identidades reais dos envolvidos nas transações do “Silk Road” são totalmente ocultadas.
Se qualquer autoridade tentar obter informações sobre a identidade de um usuário do “Silk Road” mesmo utilizando técnicas avançadas de computação forense, eles não teriam onde buscar informações.
A navegação do site é mascarada através da utilização do aplicativo de navegação anônima “T.O.R.”.
O site convida os vendedores a “criativamente disfarçar” suas remessas e a selar seus pacotes a vácuo de forma a impedir que as drogas possam ser detectadas através do cheiro.
Nas operações do “Silk Road” não são aceitos cartões de crédito, “PayPal” ou qualquer outra forma de pagamento que possa ser rastreada ou bloqueada.
A única forma de pagamento é através de “Bitcoins”.
“Bitcoins” tem sido chamado de “cripto-moeda”, o equivalente online a um saco de papel com dinheiro.
Os “bitcoins” são uma moeda “peer-to-peer”, não emitidos por bancos ou governos, mas criado e regulado por uma rede de computadores titulares de outros “bitcoins”.
O nome “Bitcoin” é derivado do “Bittorrent”, tecnologia pioneira no compartilhamento de arquivos.
Eles são supostamente não rastreáveis e são defendidos por cyberpunks, libertários e anarquistas que sonham com uma economia distribuída digital fora da lei, na qual o dinheiro flui através das fronteiras livre como bits.
Para comprar algo no “Silk Road”, você precisa primeiro comprar alguns “Bitcoins” usando um serviço como o ” Mt. Gox Bitcoin Exchange”.
Em seguida, crie uma conta no “Silk Road”, deposite alguns “bitcoins” e começe a comprar drogas.
Um “bitcoin” vale cerca de US$8,67, embora a taxa de câmbio flutue descontroladamente a cada dia.
Mas você pode comprar um “1/8th de maconha” no “Silk Road”por apenas 7,63 Bitcoins.
Este valor é provavelmente muito maior do que você pagaria na rua, mas os usuários do “Silk Road” parecem felizes em pagar um prêmio pela conveniência.
Desde que foi lançado em fevereiro deste ano, o “Silk Road” tem representado a implementação mais completa da visão “Bitcoin”.
Muitos de seus usuários vêm de comunidade utópica geek “Bitcoin” e vêem o “Silk Road”apenas como mais do que um lugar para comprar drogas.
O Administrador do “Silk Road” cita a filosofia anarco-libertário “Agorism” (uma filosofia libertária social revolucionária que defende a meta de fazer uma sociedade em que todas as relações entre as pessoas são trocas voluntárias por meio de contra-economia, enganjando-se as pessoas numa forma com aspectos de revolução pacífica), afirmando que o estado é a principal fonte de violência, opressão, roubo e de todas as formas de coerção.
Alega ainda que seria possitivo parar o financiamento do estado com seus dólares de impostos e dirigir-se as energias produtivas para o mercado negro.
Mas nem todos os entusiastas “Bitcoin” abraçam o “Silk Road.”
Alguns pensam que a associação com drogas vai manchar a nova tecnologia ou pode chamar a atenção das autoridades.
Segundo afirmou num chat um usuário “Bitcoin”de longa data de nickname Maiya, a história real do “Silk Road” é a quantidade de pessoas ansiosas para escapar de uma moeda centralizada e do comércio., alegandop ainda que muitos vêem o “Bitcoin” como moeda real, não como dinheiro para comprar drogas.
“Silk Road” e “Bitcoins” podem ser o prenúncio de um mercado negro que poderá revolucionar o eCommerce.
Mas o anonimato proporcionado pelo “Silk Road” pode funcionar para o lado da repressão ao tráfico de entorpecentes.
Quanto tempo será necessário até que um policial configure uma conta falsa no “Silk Road” e começe a enviar equipes de policiais em vez de LSD para os endereços que ele recebee?
Por fim, importante destacarmos que segundo afirmou por email Jeff Garzik, um membro da equipe de desenvolvimento do núcleo “Bitcoin”, “bitcoin” não é tão anônimo quanto os habitantes do “Silk Road” gostariam que fosse.
Ele explicou que, muito embora as identidades de todas as partes serem anônimas pelo fato de que todas as transações “Bitcoin” serem gravadas num “log” público, policiais poderiam usar técnicas sofisticadas de análise de rede para analisar o fluxo de transações e rastrear usuários



No Silk Road, todo comércio é possível. Esse grande mercado na internet vende vários tipos de droga (de haxixe do Marrocos a cocaína da Holanda e cogumelos dos EUA), remédios controlados, equipamentos para hacking e espionagem, joias falsas, pacotes de conteúdo pornográfico.
Criado há dois anos, o serviço é investigado pela polícia dos EUA, mas continua no ar porque está escondido na “deep web”, a internet profunda, espaço da rede só acessível usando o Tor, um browser para navegação anônima.
Nele, os sites têm endereços cifrados e não podem ser encontrados por mecanismos de busca tradicionais, como o Google.
Ao todo, o Silk Road movimenta cerca de R$ 2,4 milhões por mês, segundo Nicolas Christin, da Universidade Carnegie Mellon (EUA), autor do primeiro estudo sobre o site.
Concluída em julho do ano passado e revisada em novembro, a pesquisa mostra que a maioria dos vendedores comercializa poucos itens, que as entregas são feitas por correio e que drogas são o carro-chefe. Em entrevista, Christin explica o que isso significa: “O Silk Road concorre com o traficante da esquina, não com grandes cartéis”.
Com 14% dos itens à venda, a principal categoria é maconha, inclusive em volume de negócios. “Suspeito que o site não seria viável se não comercializasse esse tipo de produto”, diz Christin, diretor-associado do Instituto de Informação em Rede da universidade.
Na “web da superfície”, como usuários da “deep web” chamam a internet comum, há poucas menções ao Silk Road. A ideia é manter o mistério: quanto menos atenção chamar, melhor. Questionado pela Folha, o responsável pelo site limitou-se a dizer: “Desculpe, temos uma política de não falar com a imprensa”.
O pseudônimo usado pela pessoa -ou pelo grupo- por trás do site é Dread Pirate Roberts, personagem do romance “A Princesa Prometida” (1973), de William Goldman. No livro, Roberts não é só um pirata, mas vários, que repassam a alcunha uns aos outros em uma sucessão criminosa.
ORIGENS MILENARES
Assim como o pseudônimo de seu criador, o nome do Silk Road também é uma referência: remete à Rota da Seda, que ligou Ásia, África e Europa pelo comércio por cerca de 2.000 anos.
Embora tente manter a discrição, Dread Pirate Roberts não conseguiu: dois senadores dos EUA pediram investigação poucos meses após a inauguração do site.
Em 2012, a DEA (Agência de Combate às Drogas) admitiu investigar o Silk Road. Desde então, usuários do site relataram o sumiço de alguns vendedores.
A presença de brasileiros existe, mas é pequena. No fórum, há conversas em português e referências a cidades do país. “Meu envelope foi entregue lacrado e intacto”, relata em inglês um usuário que diz ser brasileiro. Segundo ele, a entrega foi feita em “quase dois meses”, disfarçada como cartão de aniversário.
A Folha escreveu a cinco usuários brasileiros -um deles respondeu, pedindo anonimato. Diz ser um advogado paulistano de 26 anos. “Não acesso mais de uma vez por semana”, afirma o usuário, registrado no site desde 2011 e comprador de remédios controlados.
Para Pedro Abramovay, ex-secretário nacional de Justiça e professor da FGV-RJ, a lei é cinzenta sobre recebimento de drogas do exterior: “Em tese, sempre que é para consumo pessoal é caracterizado como porte”. Ele defende que essa é a interpretação correta.
“Mas daí para a polícia entender e caracterizar dessa forma, é outra história.” Ou seja: se for pego, o usuário pode, sim, responder por tráfico internacional.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo do dia 18/02/2013


2 comentários:

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